Superar os desafios da telemedicina no Brasil é fundamental para que a prática avance. Descubra o que é, como funciona, principais vantagens e fatores que impedem seu desenvolvimento no país.
A telemedicina é uma prática popularizada no Brasil desde o início da pandemia do coronavírus. Ela envolve o atendimento remoto entre médicos e pacientes, e a troca de informações entre profissionais à distância. Apesar de crescente, o país enfrenta alguns desafios sobre a telemedicina que precisam ser vencidos para haver a regulamentação efetiva da prática.
Embora seja conhecida no Brasil desde 1990, a telemedicina foi regulamentada em fevereiro de 2019, mas, apenas para profissionais em busca de aconselhamento clínico através de teleconsultas.
Um ano mais tarde, em 2020, a telemedicina foi autorizada por lei pelo Ministério da Saúde, que torna obrigatório o atendimento pré-clínico e assistencial, consultas, monitoramento e diagnósticos enquanto a pandemia durar. Entretanto, para o pós-pandemia, a prática não está autorizada.
São muitos os desafios da telemedicina no Brasil hoje. Conheça melhor a prática e suas vantagens.
O que é a telemedicina?
A telemedicina funciona de forma remota. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ela auxilia o diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças e lesões à distância.
A prática é legalizada em diferentes partes do mundo, mas ganhou notoriedade no Brasil apenas em 2020.
Sabia que, nos Estados Unidos, mais de três milhões de norte-americanos já foram operados com auxílio da telemedicina?
Aqui no país a prática ganha cada vez mais força. Para o Dr. Caio Soares, diretor de medicina da Teladoc Health Brasil, houve melhora no acesso à saúde, sobretudo àqueles pacientes que deveriam ser encaminhados a procedimentos, mas não conseguiram devido à pandemia.
A telemedicina torna os diagnósticos ainda mais precisos, ágeis e acessíveis, já que qualquer especialista pode atender e realizar exames em pacientes em qualquer região, a qualquer horário do dia.
Em consequência, procedimentos e laudos tornam-se ainda mais qualificados, seja em consultas triviais, exames de rotina e até mesmo em situações de urgência.
Hoje, a prática é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e envolve profissionais médicos com registro no Conselho Regional de Medicina.
Além disso, já existem programas especializados, como o Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes, da Universidade do SUS (Unisus) e a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), que focam na formação e capacitação de profissionais em parceria com países da Europa e América Latina.
A pandemia deu vida a outras iniciativas, como o TeleSUS, focado no atendimento pré-clínico, acompanhamento e monitoramento remoto realizado por telefone ou chat, e que também funciona como rede de suporte para profissionais da saúde; e o Consultório Virtual da Saúde da Família, no qual trabalhadores de postos de saúde realizam teleconsultas com pacientes crônicos.
Como funciona a telemedicina?
Para funcionar, a telemedicina une uma série de equipamentos e softwares a profissionais qualificados.
A realização de exames é feita por um técnico de enfermagem. As imagens, por exemplo, são reveladas em alta resolução a partir de softwares avançados. O médico pode visualizá-lo, de maneira minuciosa, e emitir um laudo online para a instituição. Então, o resultado é acessado pelos funcionários e pelo próprio paciente.
Em seguida, realiza-se a teleconsulta, em que o médico e paciente se conectam em uma sala virtual, em qualquer lugar do país.
Principais tipos de atendimento
Teleassistência
Em que o paciente é monitorado por um profissional de saúde em casa, ou no centro de saúde mais próximo. É comum para casos crônicos ou especiais, como idosos ou gestantes.
Teleconsulta
Nas teleconsultas, paciente e médico encontram-se online, via chat, ou chamada de vídeo, por exemplo. As áreas mais conhecidas são:
- Cardiologia
- Radiologia
- Neurologia
- Pneumologia
- Psiquiatria
- Dermatologia
- Patologias
Também pode ser usada entre profissionais em busca de opiniões sobre diagnósticos, indicações de medicamentos ou orientações sobre procedimentos.
Telelaudos ou emissão de laudos à distância
Após a realização de exames, o laudo pode ser emitido por especialistas conectados. Assim, não é necessário que o profissional fique em tempo integral na instituição.
Teletriagem
Após informar os sintomas do problema relatado, o médico indica qual instituição o paciente deve procurar, de modo a diminuir o tempo de espera e otimizar o atendimento presencial.
Além disso, médicos podem prescrever medicamentos e atestados, desde que tenham assinatura digital.
Teleducação
A teleducação tem foco na capacitação de profissionais, para melhorar a realização de exames e aumentar a qualidade dos atendimentos.
Prático e simples, não é? Mas, para alcançar todos esses benefícios, os desafios da telemedicina devem ser superados. Só assim ela se tornará realidade no país.
Desafios da telemedicina no Brasil
Um dos desafios da telemedicina é ser regulamentada no pós-pandemia. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), organização que reúne os maiores planos de saúde do país, busca regular a atividade para os próximos anos.
Um levantamento feito pelas 15 empresas da FenaSaúde mostrou que entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, foram realizados 2,6 milhões de atendimentos à distância, com satisfação entre 75% a 94%.
No entanto, embora seja uma excelente alternativa complementar ao atendimento tradicional, ainda há outros desafios que a telemedicina precisa enfrentar para se estabelecer no país, como:
Investimento em aparelhos de qualidade
Muitos hospitais, clínicas e consultórios não possuem aparelhos de alta qualidade para a realização de consultas de qualidade à distância. Tecnologias do tipo garantem os melhores resultados e a confiabilidade do público.
Capacitação de profissionais
Além disso, é importante que profissionais de saúde e em tecnologia sejam capacitados para lidar com as plataformas online, uso de diferentes softwares e aparelhos de alta qualidade. Outro ponto é a criação de um modelo de pagamento para esses profissionais.
Proteção de dados
De acordo com uma pesquisa lançada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), outro desafio da telemedicina é assegurar a segurança das informações compartilhadas por pacientes, de modo a evitar vazamento ou compartilhamentos indevidos.
3 vantagens da telemedicina
Apesar dos desafios, veja quais as principais vantagens da telemedicina e porque ela é tão importante:
Atendimento em qualquer lugar
Segundo dados da pesquisa Demografia Médica, de 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da USP, com apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), embora o número de médicos tenham aumentado nas últimas décadas, a maioria deles concentra-se nas regiões centrais do país.
Enquanto o Distrito Federal possui 4,35 médicos por mil habitantes, o Maranhão tinha apenas 0,87 médicos por mil habitantes, por exemplo.
A telemedicina ajuda a descentralizar o atendimento médico. Assim, é possível realizar atendimentos em qualquer lugar do Brasil, até mesmo para pacientes que moram longe dos grandes centros urbanos.
De quebra, o atendimento remoto ajuda a desinflar o sistema de saúde presencial.
Redução de custos
Estima-se a economia de milhões de reais no custeio do Sistema de Saúde (SUS) com o atendimento à distância. Como consequência, todo esse valor pode ser reaproveitado na prevenção e tratamento de doenças graves.
Diminuição de riscos
A telemedicina é ainda mais precisa, porque o médico pode contar com o auxílio e opiniões de grandes especialistas através da internet. Dessa forma, os tratamentos tornam-se ainda mais certeiros.
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