Diagnosticado com alteração na tireóide? Veja tudo sobre essa condição e como a tireóide afeta o coração e sua qualidade de vida.
Começa com um cansaço extremo. As palpitações no coração também aparecem. A concentração vai para o espaço. As alterações de peso acontecem de forma brusca e inexplicável.
Você vai ao médico, faz exames e eis que descobre uma alteração na tireóide.
Apesar dos sintomas incômodos e todos os riscos que essa condição pode trazer, nem todas as pessoas procuram pelo tratamento adequado ao receber o diagnóstico.
Segundo a pesquisa “Hipeotireodismo em foco“, da farmacêutica Sanofi, 25% da população brasileira com a doença não a trata ou o faz de forma inadequada.
Além disso, estima-se que 18 milhões de brasileiros acima de 35 anos estão enfrentando o hipotireoidismo e nem se dão conta disso. Afinal, assim como outras doenças, a tireóide pode ser muito silenciosa.
As disfunções na glândula podem trazer inúmeros problemas e complicações, além dos já citados acima. Entre eles, a forma como a tireóide afeta o coração é um dos mais preocupantes — e é sobre isso que falaremos agora. Confira!
Como a tireóide funciona?
Muito se fala sobre a tireóide e as alterações que ela pode sofrer, mas você sabe, de fato, qual a sua função?
A tireóide é uma pequena glândula, que tem popularmente seu formato associado ao de uma borboleta ou escudo, e fica localizada na parte frontal do pescoço.
Apesar do tamanho pequeno e de muitas vezes não ser lembrada, sua ação no organismo humano é uma importante investim atual.
Afinal, ela é a responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, substâncias importantes para o bom funcionamento de diversos órgãos, como o cérebro, fígado, rins e, claro, o coração.
Durante a infância, a tireóide assegura o crescimento da criança. Já na fase adulta, sua função de destaque é garantir os processos metabólicos do organismo.
Além disso, a glândula também atua:
- no controle do peso corporal;
- na memória e concentração;
- no controle das alterações de humor;
- no funcionamento intestinal;
- na regulação da menstruação e fertilidade feminina.
O problema acontece, no entanto, quando a glândula apresenta disfunções na produção e liberação dos hormônios:
- quando o volume de hormônios é baixo, acontece um quadro de hipotireoidismo;
- quando a liberação é excessiva, tem como consequência o hipertireoidismo.
Em ambos os casos, a condição pode levar a muitos problemas de saúde, especialmente quando a tireóide afeta o coração.
Como a tireóide afeta o coração?
Como vimos, a tireóide é a grande responsável por regular o metabolismo do corpo humano.
Assim, quando ela sofre alguma alteração, seja pelo excesso ou deficiência, acaba direta ou indiretamente afetando o aparelho cardiovascular.
Isso acontece porque os hormônios tireoidianos possuem ações sobre as células cardíacas, e pode influenciar em todo o mecanismo de contração do coração, seja na força dessa contração ou na frequência dos batimentos cardíacos.
Na prática, a forma como a tireóide afeta o coração está relacionada ao tipo de alteração que a glândula apresenta:
Hipotireoidismo
A deficiência dos hormônios produzidos pela tireóide causa diretamente uma diminuição dos processos metabólicos do organismo humano.
Assim, tudo passa a trabalhar de forma mais lenta. No coração, vemos uma frequência de batimentos menor e uma contração mais fraca do órgão.
Além disso, acontece um estreitamento dos vasos sanguíneos, o que pode ser um grande problema, uma vez que o hipotireoidismo também pode levar à hipertensão — ou seja, ao aumento da pressão arterial.
Outra ação da alteração que pode fazer a tireóide afetar o coração é o aumento dos níveis de colesterol, especialmente o LDL, considerado o colesterol ruim, e dos triglicérides, dois dos principais fatores de risco para doenças cardíacas.
Por fim, caso não seja acompanhado e tratado, em quadros mais graves, a tireóide pode afetar o coração gravemente, causando insuficiência cardíaca e infarto, mesmo nas pessoas mais jovens.
Além dos sintomas relacionados ao coração, a deficiência na produção e liberação dos hormônios tireoidianos pode causar:
- ganho de peso ou dificuldade para emagrecer;
- alterações de humor, irritabilidade, desânimo e depressão;
- lentidão, fadiga, sonolência e baixa resistência física;
- constipação intestinal;
- comprometimento da memória e foco;
- irregularidade na menstruação, diminuição da libido e infertilidade;
- pele seca, queda intensa de cabelo e unhas quebradiças.
Hipertireoidismo
Já quando há uma produção e liberação excessiva dos hormônios, a tireóide também pode afetar o sistema cardiovascular.
Nesse caso, o organismo não passa a trabalhar mais devagar, pelo contrário, devido aos estímulos provocados pelas substâncias, acontece um trabalho mais rápido do que o normal.
Assim, além de ampliar a vasodilatação e aumentar o fluxo sanguíneo, há também o aumento da frequência de batimentos cardíacos, o que pode acabar levando ao desgaste do órgão.
Como consequência, a pessoa com hipertireoidismo, se não tratado, possui mais chances de sofrer com insuficiência cardíaca, palpitações, arritmias, dilatação e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Além desses sintomas, o hipertireoidismo também pode causar:
- emagrecimento ou dificuldade em ganhar peso;
- fadiga extrema;
- diarreia;
- nervosismo, irritabilidade e ansiedade;
- sudorese, intolerância ao calor e tremores.
Como tratar uma disfunção na tireóide?
Como pudemos ver, o hipo ou o hipertireoidismo pode provocar sintomas incômodos, que colocam em risco a qualidade de vida do diagnosticado. E por vezes, a própria vida, caso a tireóide afete o coração.
Portanto, ao ser diagnosticado, o mais indicado é iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Em geral, o controle da doença é feito por meio de medicação para regular a função da tireóide. Para conferir como anda a produção dos hormônios tireoidianos, a coleta de sangue é recomendada para uma contagem precisa da dosagem das substâncias no organismo.
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